Um olhar sobre Setúbal

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Marcas esquecidas (2)

Travessa de Jorge d'Aquino

Movimento Cultural

Em Abril de 1985 foi publicado o primeiro número da revista Movimento Cultural, editada pela Associação dos Municípios do Distrito de Setúbal.

Teve, creio, vida efémera.

O último número que encontrei na Biblioteca Municipal de Setúbal foi o 6, de Setembro de 1989.

Foram seus directores Helder Madeira (números 1 e 2) e Eufrázio Filipe (números 3 a 6).

Alguns olhares sobre Setúbal no percorrer das páginas desta revista :

  • Pintura antiga do Convento de Jesus de Setúbal: História de uma colecção (séculos XV e XVI), por Fernando António Baptista Pereira (n.º 1, pgs. 29 a 38);

  • Sobre o manuelino de Setúbal, por Fernando António Baptista Pereira (n.º 6, pgs. 31 a 39);

  • Troino e Fontainhas: duas comunidades de pescadores em confronto, por Maria da Conceição Quintas (n.º 6, pgs. 75 a 80);

  • Alguns aspectos da produção do espaço urbano de Setúbal de 1920 a 1930, por Joaquina Soares (n.º 6, pgs. 98 a 134).

domingo, janeiro 06, 2008

Memória das profissões (2)

Correeiro: O que faz ou vende objectos de couro (Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora).

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sábado, janeiro 05, 2008

Memória das profissões (1)

Canastra: Cesta larga e baixa, com ou sem tampa, feita de vergas ou fasquias de madeira ou de cana, entrançadas (Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora).

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quinta-feira, janeiro 03, 2008

Azeitão: 1901

Manuel Rodrigues, O Cego, exercia as actividades de hospedeiro e aguadeiro ao domicílio.
Graças à sua esposa D. Maria Albina, e à sua filha, tornou-se um fabricante reputado de bolos (esses, roscas e amores de Azeitão), que desde o princípio do século XX se tornaram conhecidos e passaram a ser um pólo de atracção da região.
De início estes bolos eram cozidos no forno da padaria de João Alface, e eram particularmente apreciados quando se comiam acompanhados de um cálice de moscatel roxo, também fabricado em Azeitão.
A filha de Manuel Rodrigues idealizou e fabricou, um pouco mais tarde, os queijinhos de ovo e amêndoa e as tortas, que adquiriram bastante fama e enriqueceram a doçaria de Azeitão.

(Informação recolhida, com a devida vénia, em http://www.azeitao.net/produtos_regionais/1/index.htm, e adaptada)

terça-feira, janeiro 01, 2008

Brancanes

Setúbal, domingo

Meu Caro Amigo

Não demorem a sua vinda aqui porque não sabem o que os espera. Brancanes é um paraíso. Tenho um terraço sobre um vale de laranjais, com uma plateia de montes em frente. S. Luís, Palmela e outros. Excede tudo, meu amigo. Há o terraço sobre a igreja de onde se domina Setúbal e todo o Sado: é deslumbrante. Depois árvores verdadeiras e não os «fac-símiles» pistóporos e eucaliptos da mata de Cascais. Obra de frades. O Convento é enorme; na casa que habito cabia um regimento, na sala em que lhe escrevo, aloja-se uma comunidade. Venham depressa. Para vir comboio às 4,30 para voltar daqui às seis horas. Bem agora o luar, e estes terraços, estes montes à noite serão de enlouquecer.

Um abraço do seu
Ex-corde
Oliveira Martins

Carta escrita, no início de Julho de 1894, por Oliveira Martins (30-04-1845 – 24-08-1894) a Henrique de Barros Gomes, durante a sua estadia em Brancanes, Setúbal.

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